terça-feira, 18 de agosto de 2009

27 anos (parte 2)

Hoje me vali da minha pouca experiência, pouca vivência, pouca paciência. Hoje me vali da minha juventude. De forma geral, é cruel ter questionamentos, mesmo de ordem prática. Não poque ninguém os responda, mas porque não se pode perguntá-los. É feio não saber, é quase ridículo. Quando olho ao meu redor, percebo o quão jovem eu sou para o cargo que ocupo, para as responsabilidades que assumo, para o risco que corro. Eu realmente não sei muitas coisas e nem devo sabê-las. Há anos recebo o tapinha no ombro acompanhado da frase feita mais batida que alguém com mais de 40 pode dizer: "Calma, um dia você vai mudar, você vai amansar". É claro que eu vou mudar, só os idiotas não mudam. Minhas prioridades também vão mudar, minhas angustias vão ser outras. Mas a minha essência permanecerá a mesma. E ela não vai se adaptar, não vai se acostumar, não vai parar de perguntar e nem de se indignar. A minha essência vai ter sempre 27 anos.
E tenho dito.

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