quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

Em cartaz

Tão difícil reestrear no amor quanto na escrita. Tantos processos vividos nestes anos de poucas escritas e poucos amores: muita maternidade muito ralo muito choro. Preparação intensa dos alicerces para vir a ser o que agora sou. Tão inteira, depois de tantos tropeços. E essa mania cruel de olhar pro pouco que fiz, pro pouco que sou. E a mania de me boicotar. E a dificuldade de ouvir que sou foda. É muito difícil reestrear.

Mas hoje senti que o palco está pronto. Iluminado na medida certa. O microfone na altura certa. O som já passado e repassado mil vezes: tinindo.

Vejo alguém para dividir. o caminhar. o vinho. a viagem que é viver. o Chá. as risadas. as dores. as curas. Estou profundamente grata por te ver, finalmente.