terça-feira, 31 de março de 2009

dicas de NYC

Atendendo a pedidos, vão algumas dicas seletas da Big Apple pra você aproveitar ainda mais.

Chegando lá, compre logo a revista TimeOut e veja a programação de shows e eventos. Pode estar rolando algo muito bacana e aí você já fica sabendo.

Passear
O bairro de Williamsburg é um barato. Há alguns anos se tornou o point mais descolado de nova york. Fica no Brooklyn, do outro lado do rio, é um ex-distrito industrial em que galpões foram transformados em ateliês de arte, estúdios de fotografia, charmosos lofts térreos de produção de design de ponta. Aos sábados (ou domingos?) tem um flea market (mercado de pulgas), que vende desde roupas usadas e novas, até vinis raros e coisinhas que você VAI querer comprar. Vale à pena conhecer, passear por Bedford Ave, e comer algo por lá - é BEM mais barato que em Manhattan e tem uns restaurantezinhos super bacanas, eu comi num vietnamita óteeemo! (veja em http://www.freewilliamsburg.com/restaurants/index.html).
Em Manhattan o hotsite é Chelsea. Lindo, chique, caro. Mas é preciso se perder entre a nona e a décima (west side) entrando em lojinhas de disco e brechós selecionadíssimos nos porões das casas - ou basements, como são chamados. Lá também há um mercado de antiguidades, mas eu não lembro em que dia é.

Cult
Além dos tradicionais e imperdíveis (MoMA, Guggenheim e Met), não deixe de ir no International Center of Photograpy (1133 Sixth Ave at 43rd St). Confira se está rolando alguma exposição especial antes (www.icp.org).
O sebo mais incrível que já visitei na minha vida é o The Strand. São miles e miles de livros usados, semi-novos e sessões mais do que especializadas. Ao invés das duas e singelas prateleiras de "cinema" da Livraria Cultura, lá você encontra todo um corredor dividido por "cinema asiático", "roteiros", "biografias"... Além disso, nas gôndolas, eles colocam trechos dos livros destacados para aguçar a curiosidade.
Saindo de lá atravesse a rua, caminhe para a direita e deixe-se trombar com a fantástica fábrica de chocolate do careca Max Brenner. Coma a maior sobremesa que conseguir digerir. É um mundo mágico! Ah, sim... tudo isso está a um quarteirão de Union Square.

Para comer
Nesse quesito, apesar da minha paixão pela gastronomia, não posso ajudar muito. Na ocasião, namorava um pão duro que só queria comer burger king - um dos motivos de nossa eterna discórdia, até hoje! Mas no final consegui dobrar o figura e fomos a uns dois ou três restôs onde comemos muito bem. Não perca as pizza'slices por 1 dólar em little Italy - ou onde quer que você esteja andando e com fome: é uma praga, há por toda a parte e elas até são gostosas. É só entrar no clima.
Ande, ande, ande... queime muitas calorias para poder comer um (ou dois) cheesecake na Eileen´s, especial, acredite. 17 Cleveland Place, lower manhattan.

Jazzy nights
Meus preferidos: veja se há algo bom no Dizzy´s Club Coca Cola Club do Lincoln Center. São noites de jazz de primeira, um pouquinho mais caras do que a média, mas vale muito à pena. O visual é incríiiivel, cinematográfico!
Não deixe de ir ao Smoke, se der sorte pegue a segunda entrada e logo assista uma VERDADEIRA jam session, é muito legal!
55 Bar também é ótimo, uma toca no meio de manhattan.
Blue Note, dispensa comentários. Se houver um bom show, simplesmente vá!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Deus, um sinal e o amor que não cessa

Há alguns dias tive um lero com Deus. Foi daqueles bem francos e íntimos, no escuro, sozinha, como manda a música do Gil. Deitada na minha cama, afundei meu corpo na maciez dos lençóis, respirei fundo algumas vezes e pedi um sinal. Quase que instantaneamente, uma hora depois ou algo assim, recebi o tal sinal, claro como água. Me emocionei um tanto que achei que não fosse capaz. Fiquei tão tocada, não podia acreditar que aquilo estava acontecendo. Não paravam de cair as lágrimas que achei que já tivessem secado. Sem saber o que fazer com aquela informação, comecei a me sentir confusa, desorientada. Por alguns minutos, fiquei brava com Deus, revoltada. Estive a um passo de fazer qualquer coisa, sair de pijama, pegar o carro, cruzar a Heitor Penteado, estacionar na João Moura, procurar a tua boca no meio de toda gente. Mas aos poucos, a brisa soprou, o coração acalmou. Deus, um cara tão ocupado, atendeu prontamente ao meu pedido! E foi absolutamente claro! Veio então, com toda força, o amor. Aquele que não dá pra abafar, pra esconder, pra apunhalar. Não, não é permitido fazer isso com o amor. Todo ele, que eu não sei mais pra onde canalizar, veio naquele momento ensandecido. E entendi que não sou mais a mesma. Não simplesmente porque a cada dia que passa eu me renovo, mas porque uma grande parte daquela que eu era, você levou embora. Como uma filha bastarda, essa parte que você levou e depois não quis mais, agora vaga perdida em algum trecho entre as flores da Dr. Arnaldo e a igreja da Consolação. Preciso me redescobrir nova, novas músicas, novos livros, novos jeitos de ver o mundo, de me relacionar com as pessoas. Um novo jeito de cozinhar, de acordar, de fazer amor. E esse amor, que não cessa, preciso dar um jeito nele.

quinta-feira, 26 de março de 2009

as 10 mais sexy

1. Crash into me – Dave Matthews
2. Me deixas louca – Elis Regina
3. Chokin’ kind – Joss Stone
4. I Want A Little Sugar In My Bowl – Nina Simone
5. Da cor do pecado - qualquer intérprete – é linda!
6. Sexed up – Robbie Williams
7. I Want You – The Beatles
8. Rewind – Vasco Rossi
9. You Still Touch Me – Sting
10. Tá perdoado – Arlindo Cruz (por Maria Rita)

quarta-feira, 25 de março de 2009

devolve, moço

Existe aqui uma mulher
Uma bruxa, uma princesa
Uma diva, que beleza

Escolha o que quiser
Mas ande logo, vá depressa
Nem se atreva
A pensar muito

O meu universo
Ainda despreza
Quem não sabe
O que quer

Meu coração eu pus no bolso
Mas apareceu um moço que tirou ele dali

Não, isso não é engraçado
Um coração assim roubado
Bate muito acelerado

Devolve, moço
Devolve, moço
O meu coração pro bolso

Ana Cañas

terça-feira, 24 de março de 2009

as 10 mais

Resolvi começar seleções de "Dez mais".
Enquanto estou no bumba olhando pela janela, vez por outra muito concentrada no que estou ouvindo, penso: "Putz, essa letra dá muita vontade de comer chocolate"... ou "Essa é a mais deprê que eu já ouvi, mas tããão verdadeira!"... ou "Com esse som eu poderia dirigir por horas em uma estrada perdida sem destino"...
Então comecei a anotar algumas dessas músicas e a criar várias categorias. Inesgotáveis, é claro. Tanto o número de categorias, quanto de músicas em cada categoria. Dez não é um número absoluto, e nem poderia. Dez nem sempre serão dez, talvez mais, nunca menos - é tão difícil escolher só 10!

Começo pelas 10 mais da fossa (é claro!).
Sintam-se à vontade para acrescentar quantas quiserem, em quantas línguas quiserem, em quaisquer categorias.

1. The Scientist – Coldplay
2. Trocando em miúdos – Chico Buarque
3. Stormy Weather – Ella Fitzgerald
4. A flor e o espinho – Nelson do Cavaquinho (por Dona Inah)
5. Olhos no Olhos – Chico Buarque
6. La vida es mas compleja de lo que parece – Jorge Drexler
7. With or without you – U2
8. Atrás da Porta – Chico Buaque (por Elis Regina)
9. Fim de festa – Itamar Assumpção e Naná Vasconcelos
10. Para ver as meninas – Paulinho da Viola

p.s.: o Chico é campeão da fossa, caraca!

domingo, 22 de março de 2009

o último dia de nossas vidas

- Isso tudo foi uma linda surpresa. Eu não esperava. Há bilhetes espalhados pela casa, no banheiro, pregados no teto, no lustre, escondidos dentro dos sapatos.
- Sim, há poesia em cada letra.
- É verdade. Adoro essa sua mania de ver poesia em tudo, e de brincar com as palavras, de musicar o mundo.
(Sorri encabulado. Olhar jaboticaba).
- E agora, ainda por cima, você é palhaço - adoravel palhaço.
(Bebe o vinho olhando no espelho). Clic.
- É, aquele seu koala... agora tenho minha primeira sketch. Vou te mostrar uns vídeos do Vlad, um palhaço russo.
- Ah, ótimo! Preciso te mostrar as fotos da Croácia!
- E a sua coleção de óculos...
- E ler pra(com) você uns poemas do Neruda, que eu esqueci. E te apresentar ao Banski.
- E anotar todas as músicas que estamos escutando. Vai anotando que a minha memória é terrível.
- E também temos que tirar uma foto juntos.
- E tomar café da manhã com calma, de pijama, comendo geléia de framboesa. E depois voltar a dormir, se for o caso.
(risos)
- Esse é o último dia de nossas vidas?! Temos que fazer tudo isso até amanhã, uma lista enorme de coisas...
- Temos a noite toda.
- Tá, vamos ficar conversando a noite inteira.
- Eu topo. Construindo momentos de eternidade.
- Mas eu preciso de foco.
(levantada de sobrancelhas em sinal de estranhamento).
- Desenvolva...
- Preciso de foco. Foco, sabe? Não quero mais ficar passeando por entre as tentativas, numa busca desenfreada.
- Entendo. Só toma cuidado pra que a busca pelo foco não deixe você se desfocar... pra que quando o momento chegar você não esteja tão focada a ponto de não conseguir enxergar as possibilidades, sabe?
- Sei.
(quase lágrima).
- Ah, não vai esquecer a toalha no varal, hein?
- É bem provável que isso aconteça...

sexta-feira, 20 de março de 2009

amar, verbo intransitivo

A poesia não dá conta. Ou talvez eu não dê conta dela.
O aforismo do dia é: sou uma mulher que ama o amor. Tudo que eu faço, penso e sonho está carregado de paixão desmesurada.

quinta-feira, 19 de março de 2009

o bichinho da salada na paulicéia desvairada

Nunca pensei que fosse ficar tão feliz um dia em ver uma lesminha verde andando na salada. Aquela folha de alface bem suja de terra, aquele tomate feio, deformadinho, cheio de imperfeições, sem gosto de isopor. Lindo.
Infelizmente, cada vez mais raro.
Cada vez mais descalabro é o que vejo por aí. Mais gente, mais esgoto, mais lixo, mais construções irregulares, (mais lixo), mais desperdício, mais esbórnia, mais falta de noção, (mais lixo).....
E mais reclamações, sem ações. "São Paulo não dá mais".
Que é São Paulo? Essa cidade que amamos e odiamos, que nos acolhe a todos em sua garoa, em suas enxurradas, em sua desumanidade, em seu cinzento torpor? Aquela que se embeleza em dias de sol sem fim e põe o sol em mil cores? Esse lugar de nunca dormir, de nunca comer, de nunca ter tempo, de nunca estar e de estar sempre? Os brilhos de mil luzes no asfalto molhado, a vida sem dono, sem hora, de vistas cegas e fedores humanos? Essa voz ecoando no vão do concreto: "socorro! não dá mais!".
São Paulo por acaso não somos nós?

segunda-feira, 16 de março de 2009

uma nova semana

Nada como sonhar em começar e desejar recomeçar.

sábado, 14 de março de 2009

corpo hóspede

O que eu tenho é minha atitude. Essa foi a sensação que Homemúsica, do Michel Melamed, me deixou. Interatividade, interferência, variadas referências. Um espetáculo moderno, livre, solto, inventivo. O drama da existência e da vontade de inexistência abordados com bom humor. Ácidas críticas políticas e artísticas manifestadas em todas as partes de um corpo musical. Muita atitude e ousadia bem experimentada.
Outro dia a Tani falou sobre como, ao longo da vida, nos tornamos uma grande colagem: no meu corpo, levo um pedaço de cada amor, de cada amigo, de cada quase parente que até hoje passou por mim. Ela anda literalmente fazendo algumas colagens interessantíssimas utilizando fotos originais e recortes e formando assim um frankstein do bem de nós mesmos.
Depois que eu vi o Melamed expondo aquele corpo hóspede de todas as vidas, isso fez mais sentido pra mim. Pensei que sim, puxa!, é possível (e necessário) que nosso corpo hospede nossas atitudes de forma divertida e lúdica. E percebi o quão rica é essa colagem que nos tornamos a cada dia que passa. Por isso, tudo vale à pena. Até mesmo a dor mais insana.

Não pecam! Não percam!
HOMEMÚSICA
Até 29/03
SESC Consolação
sextas e sábados às 21h, domingos às 19h00

quinta-feira, 12 de março de 2009

hoje

não estou com vontade de nada.
Estou afônica.
Com dor nas costas.
Assisti uma peça ruim.
Só conheço caras loucos.
E, pra melhorar, chove na cidade.

Acho que vou dormir.

terça-feira, 10 de março de 2009

eu sou cult

Olha o que eu tive que ouvir:

"Você é cult. Você só não gosta de musicais, mas você é cult".

Me deu vontade de perguntar: mas quem gosta de musicais é cult?

Melhor ficar quieta.

azeitada

Não dá pra entender. Só os hormônios podem explicar como passei os últimos 20 dias bem, tão bem e leve, quase dançando pela rua e agora, há poucos instantes, essa paz me abandonou. Deu lugar aquele desespero tão conhecido, uma falta de sono que me trouxe a falta de você como se fosse ontem. Mas não é mais ontem. E você já se tornou milhões de pessoas que eu nem sei quem são, já se fundiu com minhas idealizações, minhas projeções, minhas fantasias.
Você não é mais você. E ontem já faz muito tempo.
Preciso de um limite. Preciso ser azeitada, para que minhas engrenagens voltem a funcionar normalmente, sem panes tão frequentes.
Li esses dias algo que me fez bem para me perceber e tentar tirar alguma lição de toda essa amalgama: "Sou inteiramente tragada pela pessoa que amo. Sou como uma membrana permeável. Se eu amo você, lhe dou tudo o que eu tenho. Dou-lhe o meu tempo, a minha dedicação, a minha bunda, o meu dinheiro, a minha família, o meu cachorro, o dinheiro do meu cachorro, o tempo do meu cachorro - tudo. Se eu amo você, carregarei a sua dor, assumirei as suas dívidas como minhas, protegerei você da sua própria insegurança, projetarei em você todo tipo de qualidade que você na verdade nunca cultivou em si mesmo e comprarei presentes de natal pra sua família inteira. Não é com orgulho que revelo esses fatos sobre mim mesma, mas é assim que sempre foi".
Como mudar isso, eu ainda não sei.
Mas estar disposta já é um começo.

domingo, 8 de março de 2009

writing to reach you

Acho que você não lê o que eu escrevo aqui. Te conheço o suficiente para saber que o rancor não te permite. Te conheço o suficiente pra saber que você deixa a luz acesa pro zeca não ficar no escuro quando você sai. Contudo, mesmo que você quase certamente não leia, há posts - a maioria deles, diga-se de passagem - que eu ainda escrevo pra você. Escrevo pra te alcançar ("reach you", acho que essa é a melhor tradução).
Então ontem fiquei brincando de imaginar que, escondido e calado, consegui te alcançar. Nessa brincadeira, nós nos encontrávamos muitos anos adiante de agora, e você finalmente me dizia que leu tudo o que eu te escrevi. Me fazia a revelação de que continuamos partilhando coisas por muitos anos, segredos até. E que era muito amor que você sentia quando me lia, que isso aquecia teu coração e te reconfortava da crueldade do abandono. Você, por fim, me dizia: não demos certo, minha querida, mas o amor não dá pra matar.

"Every day I wake up and it's Sunday
Whatever's in my eye won't go away
The radio is playing all the usual
And what's a wonderwall anyway

Because my inside is outside
The right side's on the left side
Cause I'm writing to reach you
I may never reach you
I want to teach you, about you, but that's not you"

Travis

quinta-feira, 5 de março de 2009

a insatisfação

Às vezes, ficar dando murro em ponta de faca, machuca.

"Eu, que nada mais amo do que a insatisfação com o que se pode mudar, nada mais detesto do que a profunda instatisfação com o que não pode ser mudado".

Bertold Brecht

quarta-feira, 4 de março de 2009

mucho loko, mano!

"Os donos do capital vão estimular a classe trabalhadora a comprar bens caros, casas e tecnologia, fazendo-os dever cada vez mais, até que se torne insuportável. O débito não pago, levará os bancos à falência, que terão que ser nacionalizados pelo Estado".

Das Kapital, 1867

terça-feira, 3 de março de 2009

vontade de voar

Nesses dias, me faltou o diálogo diário com os anônimos. Escrevi no meu caderninho, é claro, mas não é mais a mesma sensação depois que virei blogueira. Ainda por cima, hoje descobri que um vírus no meu email deletou todos os meus contatos mais queridos, que há anos cuidadosamente cultivava. Passei o dia chateada pensando nisso. Puxa! Como ficou difícil para a minha geração abrir mão dessa maravilhosamente maldita tecnologia... Confiamos tanto nela, mas puft! Em um estalar de dedos, eu não tenho mais o email do Juba, da Kumika, da Judy, da Pal, da Didem, do Raul, do Jojo... (não, eles não estão no facebook!). Perdi o contato com meu maninho Juba, não sei o email dele de cor e ele nunca me escreve, portanto... ai meu Deus, será que nunca mais vou falar com o Juba?! Uma espécie de sensação de pânico me tomou. Mas nada é por acaso, paciência. Se for pra eu falar com o Juba de novo -ou com qualquer outra pessoa dessas que eu "perdi" - posso encontrá-lo aqui na esquina de casa daqui a uns dias, mês que vem ou daqui a 20 anos, mesmo que ele more do outro lado do mundo.
Antes dessa pequena descoberta que acizentou minha segunda-feira, contudo, tive dias de calmo descanso. Muitos pensamentos pontuais sobre solidão e sobre o peso que atribuímos aos outros para nos livrarmos da nossa própria solidão. Reflexões sobre o quão relativa a profundidade pode ser. Foram dias de cuidado comigo, de pequenas revisões e promessas pra mim mesma. Dias de algum sol, alguma chuva. Dias de comer bem - o melhor (e o único) nhoque de banana da terra que eu comi na vida - acompanhado de sobremesa. Tudo bem equilibrado.
E, novamente, uma forte vontade de voar pra outro canto, onde as prioridades sejam outras, onde o tempo atrase o relógio e o sentido das coisas esteja noutro plano. Onde a natureza salva até do tédio e de todo o resto que possa parecer mau.
Preciso começar, lentamente, a preparar a retirada.

segunda-feira, 2 de março de 2009

dias de calma

"o bonito nas pessoas é que elas ainda não foram terminadas"

Guimarães Rosa