quinta-feira, 3 de junho de 2010

Dorothy Lamour

A cidade me engole, pareço viver três dias em um. Encontro pessoas de universos diferentes em um curtíssimo espaço de tempo, faço milhares de coisas, preencho meus sentidos com tudo o que chega. Antropofagia pura. Os dias têm sido frenéticos, é preciso me manter aquecida desse frio medonho. Eu sei me entreter, não posso negar, às vezes passo da medida. Hoje, por exemplo, meu dia durou 18 horas - e foi dividido em muitas partes legais. Uma delas foi assistir "moi, un noir" do Jean Rouche com a Ju e com o Tato. Sensacional! O cara é um gênio, o filme é simplismente uma piração, desde a concepção, até a linguagem e a edição. Uma abordagem extremamente política sem ser maçante, muito pelo contrário, utilizando bom humor e leveza. Roteiro primoroso.
A única coisa que eu realmente mudaria é a decisão final da Dorothy Lamour. Grande sacanagem, porque o Constantine realmente gostava dela. Mas como o filme imita a vida, tá tudo certo: as pessoas que se gostam também tomam decisões equivocadas.

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