domingo, 31 de julho de 2011

telefonema

Noite passada tivemos uma conversa de nunca acabar. Você me contava estórias deliciosas da sua infância. De viagens, do seu avô. Você estava fanho e tomando chá de alho pra curar a gripe (e a ressaca). Aí você pediu pra eu cantar pra você. Eu quero a sorte de um amor tranquilo, com sabor de fruta mordida. Nós na batida, no embalo da rede, matando a sede na saliva.

...e você não parava de repetir – que linda, que linda! Me disse que estava chegando, que eu não devia me preocupar, pois tudo chega no tempo certo. Eu suspirei de leve, tentando não deixar você perceber que para mim chegadas são na verdade partidas e que nada nem ninguém chega pra ficar. As pessoas tão de passagem, eu disse. Não, eu vou pra ficar! – você respondeu.

Tudo que eu vejo ao meu lado, tudo que eu sonho, vai entrar no coração.

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