sábado, 18 de setembro de 2010


Chegando em casa de um dia de muitas emoções, detém seu olhar no espelho por alguns segundos, prende os cabelos com desajeito, enfiando uma piranha entre os cachos para lavar o rosto. A fronteira entre a loucura e a sanidade é muito (muito) tênue - pensa enquanto joga água fria sobre os olhos. Um pouco louca, um pouco sã. Seca o rosto. Sem condições de decidir nada, sem vontade de pensar em ninguém, nem de cantar, com preguiça do voyeurismo, das discussões conceituais, apaga a luz. E se lembra que, desde pequena, acha que seu penteado, feito no instante de lavar o rosto à noite, fica ótimo assim desprentecioso.

2 comentários:

Anônimo disse...

O natural é mesmo belo.
Assim despretenciosamente natural

Anônimo disse...

em tempo

gosto muito do tom de azul .....
mas "vive la dferance"