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Chegando em casa de um dia de muitas emoções, detém seu olhar no espelho por alguns segundos, prende os cabelos com desajeito, enfiando uma piranha entre os cachos para lavar o rosto. A fronteira entre a loucura e a sanidade é muito (muito) tênue - pensa enquanto joga água fria sobre os olhos. Um pouco louca, um pouco sã. Seca o rosto. Sem condições de decidir nada, sem vontade de pensar em ninguém, nem de cantar, com preguiça do voyeurismo, das discussões conceituais, apaga a luz. E se lembra que, desde pequena, acha que seu penteado, feito no instante de lavar o rosto à noite, fica ótimo assim desprentecioso.
2 comentários:
O natural é mesmo belo.
Assim despretenciosamente natural
em tempo
gosto muito do tom de azul .....
mas "vive la dferance"
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