terça-feira, 10 de janeiro de 2012

soluço

Chove, mas segue seco.

A cada nova chuva, soluço poeira. Ou pó - porque tem cheiro de coisa velha. Daquelas que ficam ali estagnadas, até que alguém resolve tirar do lugar, pra descobrir que não devia ter feito isso. Porque agora há tanto pó pra limpar. Tanto pó pra soluçar. Tanto pó pra espirrar, que nem toda a chuva do mundo faria molhar.

Sinto seco.
Boca seca, olhos secos, coração seco.

Eu não disse que ia chover e que eu ia secar?

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