quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

lé com cré

Onde escrever tudo aquilo que você não pode contar pra ninguém? Aquelas vontades secretas ou lembranças lambuzadas? Como expor suas ansiedades sem assustar o mundo??

Não. Não me venha com essa de que "não é preciso escrever, nem se expor e nem sofrer". Escrever é imperativo para mim (bem como me expor, bem como sofrer). É vital, para clarear a existência, para que nossas reações façam sentido, depois de reagidas.

Mas sim. É difícil escrever sobre as nossas fragilidades. Deve ser por isso que existe a ficção: é muito mais confortável fazer outro alguém carregar seu lado nojentinho, que você custa admitir. Mais fácil se esconder atrás da loucura alheia, difícil é admitir as próprias - já escrevi sobre isso, várias vezes.

Então, por favor, não me entenda mal. Eu não sou over, não sou louca (sim, sou muito louca!!). Sou muito mulher, mas às vezes, menina. Não tenho grandes vergonhas, só sei ser espontânea. Não sou nada, senão eu mesma.

Me lembrei de uma frase singela que a Julia Roberts fala pro Hugh Grant em Notting Hill: "I'm just a girl, in front of a boy, asking him to love her".

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