sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

bliss

Vou confessar uma coisa: faz tempo que não me sinto assim. Essa lufada de vento que escancarou a porta, a janela, a camisa, a boca. Parece um tufão, um swell gigante desses que cobrem o pier do porto...
Fiquei tão tonta que decidi ir ao médico. Disse a ele que devia ser o labirinto, mas ele receitou remédio pro coração: serenidade. É indicado que eu viva tudo com os olhos e ouvidos bem fechados para o resto do mundo. É profundamente indicado que eu me esqueça do abandono, das ameaças, que eu limpe meu dna emocional das marcas e feridas. "Isso aí é felicidade na certa", ele disse. "Só que tudo em excesso faz mal, você sabe, né?"
Pra amenizar os sintomas: mergulhos no azul, muitos jantares com amigos, algum sol e duas sessões de cinema.

Viver tudo novo.
De novo, mas como se fosse a primeira vez.

O segredo não é correr atrás das borboletas. É cuidar do jardim pra que elas venham até você.
[Quintana]

4 comentários:

Feu Marinho disse...

Vc linda Beta...escrevendo tudo como pássaros voam perto das nuvens e absorvendo cada segundo e milimetro de palavras que estão ao seu redor...suas palavras encantam um bom leitor...sempre...

Juliana Barroso disse...

E se a borboleta for você? Voando em busca de O Jardim... Linda irmã poeta, a cada dia saudade ocupa e aperta mais o peito. Bju

Su disse...

...uma delícia de ler. Vc é porreta, mocinha!

Beta disse...

querid(o)as, obrigada pelas lindas palavras. beijos e saudades.