quinta-feira, 17 de março de 2011

liberdade

Pode parecer loucura, mas o momento mais esperado do meu dia é caminhar 2 km às onze e meia da noite saindo do trabalho de volta pra casa. O céu carpetado de estrelas, o morro do pico brilhando. Do lado esquerdo, o cavalo come capim. Ele para e levanta a cabeça quando eu passo. Passo lento, largo, aproveitando a tranquilidade da noite profunda. Posso escolher entre o som dos sapos, dos grilos, dos passos - lentos, largos -, e o meu ipod, fiel companheiro que traz saudades conhecidas e sempre novas descobertas.

Pode parecer loucura, mas nunca me senti tão livre. Paradoxo: “presa” numa ilha que um dia foi presídio, onde o ali é já oceano. Mas livre como nunca. Sinto a liberdade da natureza, a vida pulsando sem parar. Sinto o tempo que passa porque o sol nasce e a lua cresce e míngua. Entristece-me um pouco quando chove, mas entendo que é preciso deixar molhar pra receber o sol quando voltar.
É aqui que cabe minha vida agora.

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