Sou uma pessoa prática com as palavras, mas aqui não dá pra ser assim. É preciso deixar a língua solta e os ouvidos bem abertos para entender as sutilezas nas entrelinhas. Causos e mais causos contados nas cantorias das letras comidas, nas palavras emendadas. Para ser entendido, é preciso fazer perguntas simples, falar da família, da comida, do mato. Deve-se usar vocabulário simples, e isso é muito difícil para mim. Me sinto ridícula por achar uma coisa simples tão difícil, me sinto estranha por não saber fazer uma coisa assim tão fácil. Ao lado do fogão a lenha, observo a dona Lica fazendo pão e contando do filho que mora em São Paulo e que ela não vê há 5 anos.
Saudades e solidão. Em todo lugar.
2 comentários:
nossa, beta, que textos emocionantes e mais cheios de vida. como esses dias te fizeram bem, né? beijos, Ju Borges
caramba... aceitar o fato e falar sobre isso é tão dificil quanto estar ali e não saber o que fazer... ganhou dois fãs: Cláudio e Flávio! mil beijos! Brasilia espera uma visita! quem sabe saborearemos alguns instantes de silêncio... risos...
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