quarta-feira, 4 de agosto de 2010

água doce

Hoje fui tomar sol na beira do rio. Ele desce com uma força alucinante, sem parar, como se por baixo houvesse um motor girando freneticamente. Tem chovido muito à noite, então ele se modifica dia a dia, engrossando, personificando a força da natureza. A água correndo faz um barulho insistente e alto, um pouco monótono, sem variações de tempo ou intensidade. De olhos fechados, ouvindo esse ruído, fiquei bastante tensa, receosa de que o rio pudesse repentinamente se encher e me carregar pra cima das pedras. Pensei no mar e nos ciclos das ondas, que fazem um ruído nada constante, e fiquei tentando entender a lógica das corredeiras, os redemoinhos e os pontos onde as águas batem uma, duas, três vezes... foi em vão.
Não consegui entender o rio, mas consegui sentir a sua força.

Um comentário:

Helô disse...

AMIGAAAAAAAA, AMEI ESTA FOTO!!! que viagem heim! seus posts estao otimos, uma delicia de ler! ENERGIA das águas para nos alimentar de muita força!bjinhos, Lola