Aprendi a conviver pacificamente com os insetos - exceto as baratas, que ainda me tiram do sério, mas por sorte não há muitas por aqui. Há alguns meses, vivem umas aranhas no meu banheiro, eram pequenas e muitas, viraram grandes e apenas três. Ontem, escovando os dentes, uma delas estava bem próxima ao espelho, então assoprei pra ela se mudar, afinal tudo bem conviver, mas não precisa ser tão de perto! Fui assoprando e ela foi se movendo rumo ao teto, onde estava a outra, coladinha na sua teia. Foi subindo, subindo, até chegar na teia da amiga. Começaram a mover freneticamente as patinhas, talvez por pouco mais de um minuto; para mim parecia mesmo que estavam numa briga danada. E de repente, puft: uma delas fez uma manobra alucinante e colou na outra. Eu, na minha atividade corriqueira de escovação de dentes, olhei incrédula: será que era mesmo o que eu estava pensando?!
Alguns segundos de pausa e logo os artrópodes iniciaram movimentos repetitivos de encaixe. Ah, a natureza: imprevisível e simplismente natural... Eu, pra provocar, dei mais umas assopradas, enquanto a aranha "de cima" movia a extremidade do corpo, tentando se ajustar à parceira, em um movimento muito humano!!
Fiquei impressionada. Não foi só a curiosidade de assistir uma cópula de aracnídeos pela primeira vez na vida, mas sobretudo me tocou perceber que, às vezes, basta um empurraõzinho (ou uma assopradinha...) pras coisas acontecerem! Né mesmo?!?
2 comentários:
Será que precisamos do outro para nos empurrar ou nós mesmo somos capazes de perceber que é chegada a hora do "impulso"?
Besos
... capazes somos! Mas sem dúvida com o outro é mais prazeroso, não acha?
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