domingo, 20 de novembro de 2011

ressalvas

Às vezes desejaria olhar pra vida com menos subjetividade. Estou de plantão quase o tempo todo, na vigília. O coração desafina um pouco cada vez que falta doçura: quer transbordar, mas se contém - por medo ou indiferença. O medo dá pra enfrentar, mas a indiferença é um muro intransponível, como achocolatado insolúvel. O que leva as pessoas a se amarem com tantas ressalvas? Porque certo é que se ama, mas há tantos poréns que já não sei se virou moda ou desculpa ou o quê.
Dia atrás participei de um casamento desses de sonho. Casamentos me emocionam. Acho que isso é meio clichê, mas de fato não vou a muitos casamentos na minha vida e quando vou, me emociono demais. Porque selar o amor daquele jeito é especial: você realmente acredita que vai durar pra sempre. É muito grande, exige coragem nos tempos que correm. Durante a cerimônia, enquanto o céu arroxeava por trás dos Dois Irmãos, uma quantidade sem fim de sensações boas afloraram. O coração explodia de calma, união, felicidade, gratidão, desejos de bem querer até pelos menos queridos. Quem sabe isso quer dizer amor... sem ressalvas e sem indiferença.

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