O sol batia dourado no para-brisas. Nenhum ar condicionado podia vencer o calor, secar o suor, nem esvaziar a tristeza. A única coisa desta vida que não tem jeito invadiu nosso carnaval de uma forma cruel e inesperadamente dolorosa. E não há palavra capaz de atenuar a dor cortante, não há como evitar o gosto do fel. O peito feito buraco e as lágrimas que não se devem conter. Não há como não pensar na falta de significado com que vestimos o cotidiano, na pouca importância que damos aos gestos corriqueiros, nos diálogos impensados, naqueles pensados demais, nas raivas guardadas por tempos injustificáveis, nos abraços não dados.
Sabe, essa vida é puro pó.
Um comentário:
É, amiga... não foi fácil. Que bom que a gente tem esta junta e tem amigas tão queridas. Te amo.
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