quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

a perda

O sol batia dourado no para-brisas. Nenhum ar condicionado podia vencer o calor, secar o suor, nem esvaziar a tristeza. A única coisa desta vida que não tem jeito invadiu nosso carnaval de uma forma cruel e inesperadamente dolorosa. E não há palavra capaz de atenuar a dor cortante, não há como evitar o gosto do fel. O peito feito buraco e as lágrimas que não se devem conter. Não há como não pensar na falta de significado com que vestimos o cotidiano, na pouca importância que damos aos gestos corriqueiros, nos diálogos impensados, naqueles pensados demais, nas raivas guardadas por tempos injustificáveis, nos abraços não dados.

Sabe, essa vida é puro pó.

Um comentário:

Pauli disse...

É, amiga... não foi fácil. Que bom que a gente tem esta junta e tem amigas tão queridas. Te amo.