Pela centésima vez, quiçá, contei a nossa história para um desconhecido: da minha audácia em te pedir em casamento no primeiro encontro, da despedida na esquina da Apinajés na certeza de que nunca mais iríamos nos ver, da nova iorque descoberta por nossos olhos, do calor que fazia naquele quarto, das inúmeras idas à loja do Kevin, das brigas escandalosas, do apaziguamento cinematográfico. Da volta - aeroporto de guarulhos e os malditos tacos de golfe.
Do fim. Da raiva. Do choro. Da dor.
Desta vez, porém, contei também do reencontro. De como é bom poder te ligar quando eu quero, quando você quer, para falarmos nada ou tudo, para descobrirmos finalmente que gostamos do mesmo sabor de pizza e que nossas mães fazem aniversário no mesmo dia. E mesmo numa sexta à noite pra te perguntar: "Que música é essa: lárariri larárirara...?", numa demonstração de sintonia que há bastante tempo não sentia.
Percebi então o quanto essa história foi importante. Agora, à distância, sem dor nem raiva nem paixão, consigo enxergar a quantidade de coisas boas que trouxemos à vida um do outro nessa troca louca e intensa e absurda, os milhares de pedecinhos de mosaicos de generosidade e música que colamos.
E o mais legal: enxerguei o quanto mudamos pra melhor.
Um comentário:
que coisa linda, que doçura.
Há um tempo não passava por aqui, adorei.
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