cara, eu queria escrever.
Mas agora voltei a ser estudante.
Tá foda.
Tô cansada, com aquele cansaço engraçado de estudante que trabalha muito - tinha esquecido o gosto disso.
Mas vou escrever, vai... Depois fico no ônibus melancólica pensando "puxa, devia ter escrito isso, aquilo, ah, aquilo outro". Não dá pra ficar colecionando temas! Bateu, escreveu. Senão perde a graça.
Aliás, este blog só tem me trazido alegrias. Tenho descoberto (ou sido descoberta por?) leitores elogiosos, bem humorados, loucos, anônimos, tímidos, interessados em mim. Pessoas de quem há muito tempo não ouvia falar, me escreveram "ei, seu blog é muito legal". Pessoas que eu nem imaginei que me lessem, me encontram em festinhas "ow, seu blog, tenho acompanhado, muito bom!". E pessoas que eu não conheço (essa é a parte mais divertida), pessoas que eu não conheço, eu estou conhecendo. É muito louca essa relação que se estabelece virtualmente e depois de alguma forma se concretiza - ou não. As que se concretizam são particularmente deliciosas. São tantas expectativas construídas por um imaginário ingênuo, tantas intimidades já partilhadas e uma vontade ensandecia de conversar tudo que não se falou até hoje na vida. Eu agora penso nessa coisa de me expor assim num blog, sem ter o menor controle e a menor idéia de quem está me lendo, isso é muito louco, meu! Eu sempre encarei esse espaço como um universo interior e paralelo ao mesmo tempo, um instrumento de catarse e evasão, de coração e de estômago.
Eu não sei bem quem eu sou aqui - aqui do outro lado da tela e aqui, nessas letras. Se sou a mesma... provavelmente sou muitas. Eu não sei bem o que é este blog, a que ele se destina, a que ele veio.
Mas estou gostando muito dessa nova forma de encontrar o mundo.
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