O amor não é simples. É um sentimento muito sofisticado. E eu sou uma fonte pura e inesgotável dessa sofisticação. Tento, a cada dia, não me engatilhar nas armadilhas da mente e agir com o coração. Nem sempre consigo, mas tento. Vivo assim minha verdade. Você é mente pura, tá engatilhado todo, cheio de nós. Cheio de corações partidos pelo caminho. Cheio de vazios. Não tô muito interessada em águas rasas. Quero mergulhar sem ver o fundo. Surpreende a profundidade da nossa ligação, mas não há mergulho. E aí eu mergulho sozinha. De novo - E de novo.
[É sempre bom nadar, mas muito melhor nadar junto].
Então, cadê você? Pergunto: cadê você, amor? Cadê o tempo bom de só estar, sem sentir as horas passar, sem pressa de levantar? Cadê pés se encostando de manhãzinha, café, amor, banho, café? Cadê as conversas de não terminar, tecendo fios sobre a existência? Cadê que eu nem lembro mais como é: dormir, acordar, dormir, acordar, abraçar, brigar, chorar, rir, rir rir rir... Cadê os planos? Vamos viajar, vamos fazer outro filho, vamos comprar um colchão novo... Vamos ler juntos e lançar doçuras em nossas amarguras diárias pra vida fagulhar? Cadê aquela palavra que nem precisa ser dita, porque já foi entendida quando pensada? E cantar juntos aquela música que a gente gosta. Cadê aquela música? E plantar juntos, colher juntos, comer juntos. Cadê nosso quintal? Onde é que ele é? Cadê eu não gostar das tuas manias e tu das minhas? Cadê eu amar outras manias tuas e poder escrever sobre elas e sobre os detalhes do teu jeito de espalhar as mãos enquanto fala - e de espalhar suas mãos sobre o meu corpo como eu gosto. Ah, como eu gosto...! Cadê você que acredita em Deus, que ama a Natureza, que consegue apaziguar brigas com um abraço? Cadê nossas respirações se sincronizando dentro de um abraço demorado? E aquele beijo desapressado?
Aquele arrepio, cadê?
Cadê você que é meio minha sombra e meio metade minha?
[É sempre bom nadar, mas muito melhor nadar junto].
Então, cadê você? Pergunto: cadê você, amor? Cadê o tempo bom de só estar, sem sentir as horas passar, sem pressa de levantar? Cadê pés se encostando de manhãzinha, café, amor, banho, café? Cadê as conversas de não terminar, tecendo fios sobre a existência? Cadê que eu nem lembro mais como é: dormir, acordar, dormir, acordar, abraçar, brigar, chorar, rir, rir rir rir... Cadê os planos? Vamos viajar, vamos fazer outro filho, vamos comprar um colchão novo... Vamos ler juntos e lançar doçuras em nossas amarguras diárias pra vida fagulhar? Cadê aquela palavra que nem precisa ser dita, porque já foi entendida quando pensada? E cantar juntos aquela música que a gente gosta. Cadê aquela música? E plantar juntos, colher juntos, comer juntos. Cadê nosso quintal? Onde é que ele é? Cadê eu não gostar das tuas manias e tu das minhas? Cadê eu amar outras manias tuas e poder escrever sobre elas e sobre os detalhes do teu jeito de espalhar as mãos enquanto fala - e de espalhar suas mãos sobre o meu corpo como eu gosto. Ah, como eu gosto...! Cadê você que acredita em Deus, que ama a Natureza, que consegue apaziguar brigas com um abraço? Cadê nossas respirações se sincronizando dentro de um abraço demorado? E aquele beijo desapressado?
Aquele arrepio, cadê?
Cadê você que é meio minha sombra e meio metade minha?
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