A vida é mesmo um sopro. Osho diz que a morte sempre acontece com a exalação e o nascimento com a inalação. A exalação e a inalação estão acontecendo continuamente. Com cada inalação você nasce; com cada exalação você morre. Mas a gente nunca acha que exalou o suficiente. Nosso maior apego é à vida. E você me pergunta: o que aprendemos de tudo isso? O que as pessoas fazem de diferente, frente a uma nova oportunidade de vida?
Elas não fazem nada porque não conseguem olhar com sinceridade nos olhos escuros da morte.
Somos seres tão pequenos que não conseguimos enxergar a imensidão da existência. A ideia de que nos encerramos aqui é tão estreita! É isso que devemos aprender: a viver com pura confiança no mundo espiritual e sem qualquer segurança na existência. Mais uma vez a vida me coloca diante do luto alheio, uma dor imensa que eu nem consigo por em palavras. Eu nem sei o que dizer, eu queria mesmo é te abraçar por muitas horas. Desejo que você possa chorar. E que você consiga mergulhar fundo neste entendimento. Que você consiga externar todo seu amor para que o arrependimento nunca seja uma mágoa. Você pode dizer qualquer coisa agora, como sempre pode (mas não disse). Agora você pode: então diga. Você pode se ajoelhar e pedir perdão. Você pode se surpreender com o que vai ouvir. Deixe-se surpreender então! A proximidade da morte traz clareza a quem está partindo.
Que o caminho seja leve. e breve.
Que o caminho seja leve. e breve.
"Estamos vivos, e a morte nos aguarda. Esta é a única verdade que importa. As demais...são nada!
Um mortal consciente não pode permitir semelhante desperdício de seu tempo único e breve sobre a terra. Um mortal consciente é um guerreiro que faz de cada ato, um desafio - o desafio de beber a essência da vida, a cada instante. O desafio de viver digna e impecavelmente seu momento, como sua força lhe permite. Um mortal desfruta e saboreia o valor de cada momento precioso, porque sabe com toda certeza que a morte o espreita e que seu encontro com ela terá de cumprir-se sem lugar a dúvidas.
Como a morte pode chegar a qualquer momento, um guerreiro se dá por morto e considera cada ato, seu último ato sobre a terra.
Um ser que dá o melhor de si mesmo a cada ato, tem um poder especial. Tem uma força e um sabor que não pode comparar-se com as chatas repetições de um mortal. Por isso, o guerreiro tem a consciência da morte como a pedra pilar de todo seu conhecimento e de toda sua luta".
Carlos Castañeda
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