Tudo comecou quando cismei que queria ter um colar vermelho pra essa viagem. O quintal da casa Radiante estava forrado de sementes de mulungu, vermelhas como fogo. Nao tive duvidas: sai catando e juntei um saquinho bem parrudo. Levei pra Mari com a intecao de fazermos juntas, mas ela me surpreendeu ao entrega-lo prontinho da silva no dia antes da minha partida. Fomos la no atelier, eu, Cumbah e Cintia, e, com lagrimas nos olhos, ela me presenteou o colar e um par de brincos para ornar. Mal sabia ela o sucesso que este colar faria na India... Eu nao tiro mais do pescoco: virou meu amuleto e meu chamariz. As pessoas me param na rua, todos ficam vidrados no meu "mala" (colar, em hindi). "Nice mala!!! Onde voce comprou? Eh feito de feijao??", pergutam curiosos. A semente do mulungu se assemelha muito a um feijao vermelho, comestivel aqui na India. Quando explico que sao sementes brasileiras que eu mesma colhi no quintal da minha casa, eles adoram e enlouquecem. Dizem que aqui eu venderia este colar por um bom dinheiro.
Mas este eu nao dou, nao empresto, nao vendo por nada. Eh meu amuleto, minha conexao com Noronha, com a energia da ilha. Quando eu me sinto em perigo ou sozinha, eu seguro meu "mala", enrolo entre os dedos e aperto com forca, invocando a protecao de Oxum.
Mas este eu nao dou, nao empresto, nao vendo por nada. Eh meu amuleto, minha conexao com Noronha, com a energia da ilha. Quando eu me sinto em perigo ou sozinha, eu seguro meu "mala", enrolo entre os dedos e aperto com forca, invocando a protecao de Oxum.
2 comentários:
namastê, linda!
Ah, esse colar fez sucesso antes de chegar na Índia. lembra que eu pedi ele de presente na sua volta? Já sei que não vou ganhar. hehe.
Beijos
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