Não achei que fazer trinta anos seria tão marcante. Foi lindo, emocionante, representativo. Até pareço uma nova eu - claro que simbolicamente. Estou fã de mim mesma, da minha fidelidade, da minha ousadia, da minha feminilidade. Ando cheia de sonhos e planos realizáveis, por mais loucos que pareçam, e sinto que tudo inspira. Se penso em ficar aqui pra vida, já não acho tão absurdo, mas sei bem que não tenho fronteiras.
De qualquer forma, aqui ou em qualquer outro lugar, o que querer mais da vida, senão vivê-la apenas com saúde, calma e luz?
Tenho muitas coisas pra dizer, cada vez mais. Não há 'coisas que não precisam ser ditas'. Por isso tenho dito - aprendendo a dizê-las. Se não as digo, escrevo. Porque guardadas é que as coisas não podem ficar. Olho pro lado, vejo as pessoas se carregando como chaveirinhos, trofeuzinhos baratos. Intimidade comprada no supermercado. Vejo casais desequilibrados, se amparando em loucuras e excentricidades para seguir juntos. Queria poder gritar para eles: "hey, isso não é amor. Sejam felizes, façam muito sexo e se droguem, mas não banalizem a palavra amor!".
Então olho pra trás e me lembro que já vivi algumas coisas, e que aprendi com elas. Isso é impagável. Já vivi algumas coisas para saber sobretudo o que não quero mais viver. Por vezes choro calada, pagando pelas minhas escolhas. Mas me sinto mais integra assim do que abrindo mão de coisas a mim tão caras, só para não estar só. Olhe agora você: que puta mulher está ao seu lado, seu bobão.
2 comentários:
Assumir as consequências das nossas escolhas, a integridade vale toda a pena, realmente não da pra abrir mão das coisas que tu sabe que a ti são tão caras. Mesmo porque não estar acompanhada é estar contigo e, na sua integridade, isso nunca é estar só.
Feliz aniversário, linda!
Parabéns! Milles voeux de santé et bonheur!
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